quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

DEZ GANHAM DE VINTE E PERDEM PARA UM

Logo no início da crise financeira que vem assolando o mundo, o economista e ex-presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Carlos Lessa, afirmou que o dólar ‘acabou’ e que seria preciso um novo Bretton Woods que trouxesse novas regras para a economia mundial.
“Só tem um jeito. A Rússia já propôs, e a França também: reunir as potências do mundo e definir um novo acordo de Bretton Woods. O dólar acabou. Mas o problema é o seguinte: os Estados Unidos não vão deixar que o dólar acabe... O que os americanos vão tentar fazer é distribuir essa conta pelo mundo inteiro”, disse ele. Dias depois, o Ministro da Fazenda, Guido Mantega, endossando as palavras de Lessa, destacou que somente um ‘novo Bretton Woods’, tornará possível a necessária reorganização do sistema financeiro mundial.

O acordo de Bretton Woods, ficou assim conhecido porque foi assinado na cidade americana que tem esse mesmo nome. Lá, sob o patrocínio da ONU, se reuniram em 1944, 730 delegados das 44 nações aliadas, para a Conferência Monetária e Financeira das Nações Unidas. Através do referido acordo, deliberou-se que as moedas dos países membros passariam a estar atreladas ao dólar, ao mesmo tempo em que a moeda norte-americana seria lastreada nas reservas de ouro existentes no Tesouro dos Estados Unidos. A partir de Bretton Woods, o dólar tornou-se, então, a moeda forte do sistema financeiro mundial e os países participantes passaram a utilizá-la não somente para suas operações de comércio exterior, mas, também, para incrementar suas reservas monetárias.

A negociação de um novo Bretton Woods, começou a ser articulada pelo G-20, no final dos anos 90, quando o grupo foi criado com o objetivo de encontrar soluções para a crise que se iniciara na Ásia, naquele período, espalhando-se, em seguida, para o restante do mundo.

Com o surgimento da atual crise financeira mundial, o G20 vem ganhando extraordinário prestígio. Na reunião do grupo, realizada em São Paulo, no mês de novembro, seus representantes decidiram pela reorganização do sistema financeiro mundial, com a efetiva participação dos países emergentes. Durante a abertura dos trabalhos, o presidente Lula defendeu a necessidade de se construir uma ‘nova arquitetura financeira mundial’ (sem ênfase no original). Exigindo a participação dos países em desenvolvimento no processo de tomada de decisões, Lula disse que "é amplamente reconhecido que o G7 não tem mais condições de assumir sozinho os caminhos da economia mundial".

Uma semana depois, em Washington, em outra reunião do G20, uma das reivindicações apresentadas foi no sentido de que ele passe a ser representado por chefes de Estado dos países que o compõem, e não mais por autoridades subalternas como ocorre, atualmente. Ao discursar, nesse encontro, o presidente Lula reafirmou sua posição de que ‘o G7 não tem mais razão de ser, é preciso levar em conta as economias emergentes do mundo globalizado de hoje’.
Participam do G20, ministros da Economia e presidentes de bancos centrais das 19 maiores economias desenvolvidas e emergentes do planeta, quais sejam, os 7 que compõem o G7 (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Reino Unido, Itália, Japão), além de Rússia, África do Sul, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, China, Coréia do Sul, Índia, Indonésia, México e Turquia. A União Européia também faz parte do grupo,sendo representada pela presidência rotativa do Conselho Europeu e pelo Banco Central Europeu. Apenas para se ter uma idéia da magnitude e pujança do G20, basta destacar que os países que o compõem representam cerca de 90% do produto nacional bruto mundial, 80% do comércio internacional e cerca de dois terços da população de todo o planeta.

Neste ponto, uma pergunta se impõe: Por que estaria o G20 tão interessado em promover uma reengenharia do sistema financeiro mundial?
Para se responder a esta indagação, torna-se necessário buscar subsídios nos escritos dos idealizadores da Nova Ordem Mundial, cenário que vem sendo cuidadosamente construído com o objetivo de abrigar o governo do Anticristo.

Em 1957, Alice Bailey, satanista e precursora do Movimento de Nova Era, escreveu em seu livro, The Externalization Of The Hierarchy (A Externalização da Hierarquia), que o mundo seria primeiramente organizado em ‘esferas de influência’, antes que houvesse o advento de um governo global (pg 209). Bailey não especificou quantas e quais seriam tais ‘esferas de influência’. Seu plano, todavia, tornou-se público em 1972, quando Mihajlo Mesarovic e Eduard Pestel, escreveram um livro intitulado Mankind At The Turning Point (A Humanidade em Ponto de Mutação). De acordo com esses autores, adeptos da Nova Ordem Mundial, a estrutura geo-política mundial seria completamente reformulada, com a criação de dez supernações – blocos regionais -, da maneira como especificado a seguir, e que cada uma delas seria uma esfera de influência:
1. América do Norte; 2. Europa Ocidental; 3. Japão; 4. Austrália e África do Sul; 5. Europa Oriental e Rússia; 6. América Latina; 7. Norte da África e Oriente Médio; 8. África Tropical; 9. Sul e Sudeste Asiático; 10. China.

Fato interessante de ser observado, é o de que esse livro, publicado em 1972, incluía a Rússia como ‘cabeça’ de uma supernação. Isso, inquestionavelmente, traz a convicção da existência de um projeto previamente delineado, pois nessa época – 1972 -, o mundo se encontrava no apogeu da chamada guerra fria, sendo a Rússia apenas um membro da ex União Soviética. Os autores do livro em questão, por certo conheciam o plano da Nova Ordem Mundial de extinguir o bloco soviético, o que efetivamente veio a se concretizar no final dos anos 80. Ao se atentar para esse fato, torna-se possível vislumbrar com clareza, um plano de etapas caprichosamente elaborado no reino das trevas, e que vem sendo implementado por homens que se encontram a seu serviço.

Assim, respondendo à indagação feita anteriormente, é possível afirmar que o G20 tem como verdadeiro objetivo, conduzir o mundo à concretização do plano de dividí-lo em 10 supernações, o mais importante estágio para o estabelecimento definitivo da Nova Ordem Mundial. Aliás, o G20 poderia muito bem ser chamado de G10, porquanto seu papel principal é o de criar as condições necessárias para que a Confederação formada pelas dez supernações tenha um único sistema de regras a disciplinar todo seu arcabouço econômico-financeiro. Não é por acaso, portanto, que, à exceção da supernação 8 – África Tropical -, que não possui representante direto junto ao grupo, todas as demais estão lá representadas por, pelo menos, uma autoridade.
Senão, vejamos como estão distribuídas tais representações.
A América do Norte (1), por Estados Unidos, México e Canadá; a Europa Ocidental (2), pela União Européia; o Japão (3) e a China (10), por si próprios; a Austrália e África do Sul (4), pelos dois países que compõem o bloco; a Europa Oriental e Rússia (5), pela Rússia; a América Latina (6), por Brasil e Argentina; o Norte da África e Oriente Médio (7), pela Arábia Saudita; e, finalmente, Sul e Sudeste Asiático (9), por Coréia do Sul e Indonésia.

A partir dessa realidade, torna-se possível compreender, com muita clareza, a profecia registrada em Daniel 2.41 e 42, que ao se referir ao quarto reino – exatamente aquele formado por essa Confederação de nações -, assim se expressa: “E, quanto ao que viste dos pés e dos dedos, em parte de barro de oleiro, e em parte de ferro, isso será um reino dividido; contudo haverá nele alguma firmeza do ferro, pois viste o ferro misturado com barro de lodo. E, como os dedos dos pés eram em parte de ferro e em parte de barro, assim por uma parte o reino será forte, e por outra será frágil(sem ênfase no original).

Não se pode deixar de notar que a principal marca da referida Confederação é a heterogeneidade. Afinal de contas, ao se observar sua constituição salta aos olhos o fato de ser ela formada por supernações que apresentam realidades absolutamente distintas: umas extremamente poderosas economicamente; outras em estágio de franco desenvolvimento - por isso comumente chamadas emergentes -, e um terceiro segmento, composto por nações que podem ser consideradas paupérrimas.

Reveladoras, também, são as palavras do profeta Daniel ao falar do advento do reinado do Anticristo, no Capítulo 8, Versículos 23 e 24 de seu Livro, evento este que ocorrerá simultaneamente à existência do quarto reino, que como já dito é a Confederação de supernações. “Mas no fim de seu reinado, quando acabarem os prevaricadores, se levantará um rei, feroz de semblante, e será entendido em adivinhações. E se fortalecerá o seu poder, mas não pela sua própria força; e destruirá maravilhosamente, e prosperará, e fará o que lhe aprouver; e destruirá os poderosos e o povo santo” (sem ênfase no original).

Reforçando essa mesma idéia, o texto de Apocalipse 17:12 e 13, afirma que os dez reis, ou seja, as dez supernações, assumirão, para si, através de um concerto global, todo o poder mundial, com o intento de entregá-lo, em seguida, ao Anticristo.
E os dez chifres que viste são dez reis, que ainda não receberam o reino, mas receberão poder como reis por uma hora, juntamente com a besta. Estes têm um mesmo intento, e entregarão o seu poder e autoridade à besta”.

Este texto bíblico torna-se emblemático, se considerarmos a já citada postulação feita na reunião do G20, realizada em Washington, para que ele passe a ser representado pelos mandatários máximos das nações que o compõem, e não mais por autoridades inferiores. Isto porque, somente aqueles poderiam dispor da competência necessária para renunciar à sua prerrogativa de mando em benefício de outrem. A partir desse raciocínio, nada impede concluir que essa Confederação formada pelas dez supernações - 'dez reis' - receberá por delegação do G20, através de normas e diretivas, poder e autoridade que repassará, no tempo devido, ao Anticristo.

Hoje, como nunca se presenciou antes, as profecias bíblicas vêm se cumprindo de maneira extraordinariamente perceptível. Nas últimas décadas, muitos homens de prestígio no cenário mundial têm esposado a idéia de que todos os problemas do planeta poderiam ser solucionados se houvesse um homem com ‘superpoderes’ a conduzir seu destino. Só para citar duas dessas personalidades, o ex presidente Fernando Henrique Cardoso, durante uma palestra proferida na Escola Superior de Guerra, no dia 21 de Junho de 1997 - conforme publicado em seu caderno de Economia, pelo Jornal 'O Estado de São Paulo, em sua edição do dia seguinte -, afirmou que o mundo carece de uma autoridade mundial. Segundo ele, ‘queiramos ou não, o fluxo das decisões econômicas alcança todo o planeta e se desdobra no nível planetário, com um controle de decisões que se dá num nível muito extenso do planeta. Nesse cenário não existe uma autoridade (política) mundial. As autoridades são nacionais, a ordem política é uma ordem nacional’ (sem ênfase no original). Nessa mesma linha de raciocínio, o presidente Lula afirmou ao Financial Times, que tem esperanças em um mundo mais humano após a recuperação da economia mundial, a partir de 'um novo sistema de governança global'.

A rigor, Fernando Henrique Cardoso e Lula, a despeito de não serem os únicos, nem precisariam fazer tal reivindicação, pois satanás só espera a retirada das últimas restrições impostas por Deus, para, finalmente, levar a cabo seu plano de assumir o comando do mundo, através de seu enviado, conforme previsto pelo profeta Daniel. "Estando eu a considerar os chifres, eis que, entre eles subiu outro chifre pequeno...” (Daniel 7.8). Esse "chifre pequeno", o décimo primeiro chifre", é o Anticristo, que governará durante o período da grande tribulação.

Diante de fatos tão contundentes e reveladores como esses, qual deve ser a postura dos salvos, daqueles que foram lavados e remidos pelo Precioso Sangue de Jesus? A Palavra de Deus nos dá a resposta em II Pedro 3.13 e 14: “Mas nós, segundo a Sua Promessa, aguardamos novos Céus e nova Terra, em que habita a justiça. Por isso, amados, aguardando estas coisas, procurai que dEle sejais achados imaculados e irrepreensíveis em paz”.
Estando assim preparados, podemos nos gloriar em Nosso Senhor Jesus Cristo, no qual está posta nossa viva e indestrutível esperança porque nós, Seu povo, Sua Igreja gloriosa, temos a certeza de que participaremos, com Ele, de um Reino Eterno. "Mas, nos dias desses reis, o Deus do céu levantará um reino que não será jamais destruído; e este reino não passará a outro povo; esmiuçará e consumirá todos esses reinos, mas ele mesmo subsistirá para sempre” (Daniel 2.44).

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